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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Em encontro hoje, PT discute relação com PSB


Em meio à crise na sua relação com o PSB, o Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne hoje para discutir o cenário político do Ceará e, a partir dessa discussão, tentar entender se será necessário adiar, novamente, o encontro estadual do partido & que, pelo menos até hoje, está marcado para o próximo dia 24.

É no encontro estadual & evento que pretende reunir os diversos núcleos de militância petista de todo o Ceará, somando cerca de 600 delegados - que a cúpula do PT pretende consagrar as posições do partido em relação às eleições de outubro. A reunião da cúpula executiva do PT com a participação de parlamentares petistas acontece a partir das 9 horas de hoje, na sede do partido.

O momento é de turbulência da relação entre PT e PSB e, diante desse cenário, o discurso petista, agora, prega a paciência. Pela sinalização dada por alguns petistas, incluindo a presidente do partido e prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, o PT deve mesmo adiar o encontro estadual.

"Eu considero aconselhável para nós estender os prazos devido ao ambiente político e aos nossos adversários, que querem tocar fogo em tudo. Nós não podemos cair nessa armadilha. É bom adiarmos o encontro e eu vou defender isso. Tempo, nós temos até junho para construir um consenso. A política define o tempo. Agora é dialogar, dialogar e dialogar``, afirmou o deputado federal José Nobre Guimarães (foto - PT). Outros petistas consultados pelo O POVO, como o líder do Executivo na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT), e o secretário de assuntos institucionais, Reudson de Souza (PT), também defendem a necessidade do adiamento do encontro.

Até a realização do encontro estadual, o PT necessita de uma definição do presidente do PSB no Ceará e governador do Estado, Cid Gomes (PSB), quanto às suas resoluções eleitorais, já aprovadas pelo diretório estadual e pela executiva do partido.

Nas palavras de Luizianne Lins (PT), antes de realizar o encontro, o PT precisa esclarecer uma incógnita: descobrir se, para o PSB, a aliança com o PT é tão prioritária quanto para o PT em relação ao PSB. Cid, porém, ainda mantém a postura reticente quando o assunto passa pelas eleições no Ceará.

No único comentário pronunciado recentemente, o governador declarou que "não vai se render`` à postura ``compulsória`` do PT de não aceitar qualquer aproximação com o PSDB, seja formal ou informalmente.

A postura do PT coloca, portanto, o governador na situação de ter que decidir entre ter PT ou PSDB no seu palanque. Ou seja, apoiar, para o Senado o ex-ministro José Pimentel (PT) ou o senador Tasso Jereissati (PSDB). Tasso já deu sinalizações de que o PSDB pode mesmo fechar um acordo com Cid.

Ele chegou a dizer que faltam apenas ``alguns arranjos``. Cid, porém, afirma que só vai se pronunciar sobre esse assunto depois de consolidado o cenário da sucessão presidencial.
O POVO

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