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quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Em política, tudo é possível conciliar"


Para o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, nem a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à Presidência da República, nem o apoio informal do PSDB à provável reeleição do governador Cid Gomes (PSB) impedem que o PT esteja no mesmo palanque de Cid. Na avaliação do petista, somente um apoio formal da sigla tucano obrigaria o PT a pular fora da aliança.

``Se o PSDB delibera de forma unilateral que vai apoiar qualquer candidato, em qualquer Estado, esse candidato não pode rejeitar esse apoio. E nós não vamos criar nenhum obstáculo para esse apoio. O apoio político``, explicou Dutra.

Sobre a candidatura de Ciro, o petista argumenta que ela, por si só, não será motivo para impedir a aliança do PT com o PSB. ``Acho que essa aliança deverá acontecer até porque essa tem sido a linha geral do partido nos diversos estados em que o PSB hoje governa e que o PT participa do governo, como é o caso de Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte``.

Questionado sobre como Ciro e Dilma iriam compartilhar o mesmo palanque, o presidente nacional do PT apresenta a solução: ``É claro que você não vai ter um comício em que vai estar Dilma e Ciro juntos, mas no dia que a Dilma vier, esse é o palanque do governador. No dia que o Ciro vier, a mesma coisa. Em política, no Brasil, tudo é possível você conciliar, até porque o Ciro não é inimigo``.

A presidente estadual do PT, prefeita Luiziane Lins (PT), concorda que é complicado para partido ter controle sobre alianças informais, e até aceita que o PSDB faça isso em relação à reeleição de Cid. Entretanto, o governador teria que garantir apoio às duas candidaturas da coligação oficial ao Senado: a do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB) e a do ex-ministro José Pimentel (PT). ``Se o PSDB quiser apoiar, o problema deles. Agora, não aceitaremos nenhuma constituição de aliança que pressuponha apoio a qualquer candidato que seja do PSDB na nossa chapa majoritária``. (IC)

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