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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Possível "plano B" do PT agrada tucanos no Ceará

Foi de muito bom grado que o PSDB cearense recebeu a notícia de que, nos bastidores, alguns setores do PT já articulam um ``plano B`` para as eleições estaduais deste ano, ameaçando lançar alguém na disputa pelo Executivo, contra o governador Cid Gomes (PSB).

Embora ainda possa estar longe de se concretizar, a expectativa de racha entre as duas siglas - publicada na edição de ontem do O POVO - deixaria o caminho livre para os tucanos pleitearem uma aliança formal com Cid. ``Hoje, um dos nossos empecilhos é o PT. Se ele sai do meio, facilita``, comemorou o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, João Jaime.

A saída do PT do arco de apoiadores de Cid representaria o fim de um imbróglio no Palácio Iracema. Isso porque, a preço de hoje & com petistas e tucanos em sua base aliada &, o governador precisaria optar, pelo menos formalmente, entre estar ao lado de um ou de outro na campanha eleitoral.

Tudo porque a prefeita de Fortaleza e o presidente estadual do PT, Luizianne Lins, têm se negado a dividir palanque com o senador Tasso Jereissati (PSDB), seu principal adversário político. Em resposta, o presidente tucano no Ceará, Marco Penaforte, também disse que o partido não topa ficar ao lado de Cid, caso ele esteja coligado com a turma petista.

"Para o PSDB, esse possível afastamento é bom. Hoje, somos um aliado deixado no canto, meio jogado pelo Governo. Acontecendo esse rompimento, vamos passar a ter o valor que merecemos``, avaliou o deputado estadual tucano Tomaz Figueiredo.

Na carona
Caso passe a ser tratada como prioridade para Cid, a aliança com PSDB pode trazer a reboque partidos que, até então, posicionavam-se como opositores. O vice-presidente regional do DEM, Ruy Câmara, disse & mesmo a contragosto & que é possível que a sigla acompanhe a decisão tucana, devido à proximidade entre o atual presidente dos Democratas, Chiquinho Feitosa, e Tasso.

Já o presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira, preferiu condicionar o possível apoio à Cid à ``questão nacional``. Conforme ele explicou, a prioridade do partido é formar um palanque para o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.

"Se, de repente, o governador tiver um novo posicionamento nacional, podemos avaliar``, sugeriu o dirigente do PPS, referindo-se à até agora remota possibilidade de Cid desistir de apoiar a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
O POVO

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