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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pretendo conversar com Ciro, diz Lula em entrevista para jornal


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende conversar com Ciro "na medida em que a direção do PSB entenda que já é momento". Ele concedeu entrevista aos "Diários Associados" sobre o aniversário de 50 anos da inauguração de Brasília, comemorada nesta quarta-feira, 21 de abril e falou também sobre as eleições de outubro em âmbito federal, sempre lembrando que "o PMDB é peça importante na aliança nacional." Sobre Ciro Gomes (PSB), o presidente disse que achou "interessante quando ele transferiu o título para São Paulo porque era uma probabilidade. No primeiro momento, houve certa reação do PT, depois todos os quadros importantes passaram a admitir que era importante o Ciro ser candidato a governador de São Paulo. Depois, o PSB lançou o Paulo Skaf. O problema não era dentro do PT. Disse para o Ciro que jamais pediria para uma pessoa ou partido não ter candidato a presidente se não tiver argumento sólido. Ser candidato significa a possibilidade de fortalecer os partidos, mas também a possibilidade de perder uma eleição. Eu estou convencido de que essa deveria ser uma eleição plebiscitária. Fazer o confronto de ideias, programas, realizações", disse o presidente. Sobre a hipótese de o Aécio Neves (PSDB) ser vice de José Serra (PSDB), Lula disse que "ele (Aécio) está qualificado para ser o que quiser". Mas deixou claro de que "se ele for vice, vai se desgastar. É só pegar o que o 'Estado de Minas' escreveu sobre as divergências de Aécio com Serra para perceber que o Aécio vai colocar muita dúvida na cabeça do povo mineiro". De acordo com o presidente, "a Dilma tem cartão de crédito de oito anos de administração bem-sucedida no Brasil. Ela foi uma gerente excepcional. O Temer dará a segurança de um homem que deu a vida pública já de muito tempo, tem uma seriedade comprovada no Congresso e hoje está mais fortalecido dentro do PMDB. Se ele for o indicado pelo partido, dará a tranquilidade de que nós não teremos problemas de governabilidade". O presidente citou o recente escândalo político que aconteceu na capital federal, mas disse que mesmo assim "o povo de Brasília tem que comemorar (os 50 anos da cidade)". Ele acredita que "o significado de Brasília como capital não pode ser confundido com os administradores que cometeram absurdos. Muitas vezes os erros são cometidos porque as pessoas acham que são impunes". Lula elogiou a cidade e afirmou que "Brasília, de um lado, tem que estar de luto, porque aconteceu essa barbaridade, mas, ao mesmo tempo, tem que ter orgulho. É uma cidade extraordinária, que tem crescido muito acima do que foi previsto por Niemeyer e JK. Cresceu um pouco desordenada, acho que houve irresponsabilidade em alguns momentos".

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