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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tucanos criticam postura de aliado


O fato de o PSB ter negado legenda para a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à presidência da República, causou maior repercussão entre os deputados estaduais do PSDB do que na bancada do PSB. Ontem, a bancada tucana quase que em peso reclamou da decisão do Partido Socialista Brasileiro, mas o que mais gerou críticas foi o fato de o ex-presidente da Companhia Docas do Ceará, Sérgio Novaes (PSB), ter votado contrário à candidatura de Ciro Gomes.

Para o deputado Marcos Cals (PSDB), ficou deselegante para Sérgio Novaes, votar contra um companheiro de partido que é irmão do atual presidente do PSB no Ceará, no caso Cid Gomes. Para o tucano, a atitude correta de Novaes era falar com o presidente nacional da sua legenda, Eduardo Campos, para dispensá-lo da votação, por ser do Ceará, no que, por certo, seria bem compreendido não só pelo presidente da agremiação, mas por todos os demais.

O deputado Osmar Baquit (PSDB) entende que ao votar contrário à candidatura de Ciro Gomes, Sérgio Novaes traiu o povo cearense, deixando claro que se o Governador do Ceará não fosse o atual presidente da sigla no Estado, Sergio Novaes ia "puxar o tapete" de Cid Gomes não o deixando ser candidato à reeleição.

"O PSB tem dez deputados estaduais, hoje todos fechados a favor da candidatura do Ciro e o Sérgio Novaes trocou todo esse povo pelos navios lá nas Docas em nome da submissão ao Governo Federal". Baquit disse estranhar o silêncio da bancada do PSB na Casa, que, a seu ver, deveria enviar uma nota de repúdio em relação à decisão de barrar a candidatura de Ciro.

Conivente

O deputado Fernando Hugo (PSDB) disse lamentar a "postura omissa ou conivente da bancada PSB" após a decisão tomada pela cúpula da legenda que para ele, seguiu um ato totalitário do presidente Lula em impedir a candidatura do socialista.

O deputado José Teodoro (PSDB) também está de acordo que a retirada de Ciro da disputa à presidência obedece a uma imposição do presidente Lula que a seu ver, quer dar um caráter plebiscitário às próximas eleições presidenciais.

Dos socialistas que estavam na Assembleia, apenas dois se pronunciaram sobre a saída de Ciro Gomes da disputa pelo Palácio do Planalto, mas em nenhum momento fizeram a defesa do colega de partido Sérgio Novaes. O deputado Edson Silva (PSB) apenas pontuou que sua legenda fraquejou ao negar a Ciro Gomes e ao povo brasileiro. O deputado Welington Landim (PSB) analisou que a retirada da candidatura de Ciro Gomes é uma perda para a democracia brasileira já que a disputa ficará resumida apenas entre dois candidatos.

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