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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ceará é entrave para aliança nacional


A disputa para o Senado entre os deputados federais Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) é um dos dois obstáculos que restam para a confirmação da aliança nacional entre PT e PMDB. O segundo é a disputa no Pará. Um terceiro imbróglio, Minas Gerais, foi resolvido ontem.

Na noite de terça-feira, 4, em um jantar, a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, convidou oficialmente Michel Temer, presidente do PMDB, para ser o seu vice na chapa. Foi a primeira vez que os dois se encontraram, sozinhos, desde que Temer passou a ser cotado para a vaga.

O acordo, porém, não foi fechado justamente por causa das disputas em alguns estados. O PMDB deve aguardar a sua convenção nacional, prevista para acontecer no dia 12 de junho, para homologar o nome de Temer.

De acordo com o deputado federal cearense Eunício Oliveira (PMDB), que se encontrou com Temer após o jantar, o partido não deverá anunciar oficialmente o nome de Temer para vice enquanto persistirem disputa entre os partidos em alguns estados.

"Não é uma única voz que decide. Cada estado tem um peso``, ressaltou Eunício. O parlamentar confirmou, porém, que se os problemas forem resolvidos antes da convenção, o nome de Michel Temer será oficializado antes, no Diretório Nacional. ``Para ter maioria no Diretório, é necessário que esses caminhos sejam resolvidos``, completou.

Avanços
A reunião entre Dilma e Temer já gerou resultado. Na manhã de ontem, as direções do PT e do PMDB anunciaram que, em Minas Gerais, haverá um palanque único para Dilma Rousseff.

O Estado era o principal entrave entre as duas legendas. Do lado do PMDB, o senador Hélio Costa quer disputar o posto de governador. Entre os petistas, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel venceu as prévias para definir o candidato. Mas ele já admite, contudo, abrir mão da vaga para apoiar Hélio Costa e disputar o Senado. Embora tenham consolidado palanque único, a formação da chapa só deverá ser apresentada no começo de junho.

"Agora só falta resolver Pará e Ceará. Na Bahia, já está resolvido. Haverá dois palanques, não tem jeito``, resumiu. Sobre a disputa no Ceará, o parlamentar disse que a negociação será feita por Michel Temer e pelo deputado federal Henrique Alves, líder do partido na Câmara. Eunício disse que participa das negociações em outros estados, mas que não se sente à vontade para realizar as negociações no Ceará, nas quais está diretamente envolvido.

Além de Eunício e o petista José Pimentel, Tasso Jereissati (PSDB) também deve ser candidato a uma das duas vagas.

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