O governador Cid Gomes (PSB) afirmou que irá tratar do impasse entre o PSDB e o PT, que disputam espaço no palanque estadual, somente depois que o PSB nacional se posicionar. Cid reuniu ontem a executiva estadual do partido e informou que o encontro nacional está previsto para o próximo dia 21. ``Vamos esperar a definição do cenário nacional para iniciar o debate estadual``, confirmou.
Cid, principal nome para resolver a disputa entre tucanos e petistas, vem se mantido em silêncio, enquanto os dois partidos, ambos da base aliada, trocam críticas e aguardam uma posição do atual governador.
O deputado estadual Zezinho Albuquerque (PSB), um dos mais próximos ao governador, disse que Cid ainda poderá fazer muita coisa pelo Estado. "Se ele for falar de política agora, basicamente só vai ser política. O Governo do Estado está dando várias ordens de serviço e inaugurações. 30 dias é muito tempo", ponderou.
Apesar de evitar falar sobre contexto local e suas alianças, Cid confirmou que a tendência, nacionalmente, é de o PSB declarar apoio à candidatura de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT. ``O partido compõe a base do presidente Lula. Se não tem candidato, é natural que apoie a base``, apostou.
Na noite de ontem, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB confirmou aliança com Dilma Rousseff. O governador de Pernambuco pediu à petista, porém, que o PSB ocupe cargo na coordenação da campanha. E afirmou que, no dia 21, a decisão será submetida à Executiva Nacional.
O PSB declara apoio a Dilma após pressões petistas para que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) saísse da disputa presidencial. Fato confirmado na semana passada.
Na primeira reunião estadual após a saída de Ciro, irmão de Cid, o governador disse que o irmão deverá "se integrar no que o partido decidir para ele". Questionado se Ciro poderia ser coordenador de sua campanha, Cid não confirmou. ``Não tem nada colocado``. O governador completou, porém, que Ciro não refutará de ajudar no Estado.
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