"QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER"

Vandré

Páginas

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lula chora e fala em continuidade


Em três eventos de comemoração ao Dia do Trabalho, organizados em São Paulo por centrais sindicais e patrocinados em parte por estatais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a continuidade de seu governo e promoveu indiretamente a candidatura da petista Dilma Rousseff.

``Quando eu deixar a Presidência, vou mandar registrar em cartório tudo o que fiz (...), porque quero que quem venha depois de mim - e vocês sabem quem eu quero - saiba que vai ter de fazer mais e melhor``, disse Lula na festa promovida pela Força Sindical e pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) no 1º de Maio.

Já no evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), ele voltou à carga. Depois de destacar realizações de seu governo, disse que não é possível ``mudar, em oito anos, 500 anos de desigualdade``. ``É preciso mais tempo, mas com sequenciamento``, afirmou. Logo a seguir voltou-se para a correligionária: ``Dilma, você ouviu o que eu disse?``

Após as manifestações do presidente, líderes da oposição afirmaram que ele está fazendo campanha antecipada e que o caso será levado à Justiça Eleitoral. Os oposicionistas também contestaram o patrocínio estatal a eventos que, segundo eles, viraram palanques para Dilma, sempre presente ao lado do presidente.

Nos discursos, Lula destacou ganhos dos trabalhadores nos últimos anos e apoiou o projeto de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, atualmente a principal bandeira de centrais como a CUT e a Força Sindical.

O presidente chegou a chorar ao dizer que aquela seria sua última participação, como presidente, em um ato de trabalhadores. Dirigindo-se ao presidente da CUT, Artur Henrique, fez um pedido: ``No próximo 1º de Maio, me convide, porque, se tiver alguém ruim na Presidência, a gente vem aqui meter o pau neles, mas, se for alguém bom, a gente vem aqui cumprimentar``.

A pré-candidata fez discursos elogiosos a ele. Lembrou que foram gerados 12,4 milhões de empregos com carteira assinada em sete anos e previu que, até o fim deste ano, outros 2 milhões serão criados. ``Com isso, 24 milhões de brasileiros saíram da miséria e outros 31 milhões ascenderam à classe média.`` (das agências)

Nenhum comentário: