Um dia após a tensa reunião entre PT e PMDB em Brasília, para discutir a situação nos estados, petistas cearenses tentaram amenizar a pressão pela retirada da pré-candidatura do deputado José Pimentel (PT) ao Senado.
O encontro, ocorrido na última segunda-feira, foi palco de reclamação de falta de apoio do PT a aliados nos Estados; ameaça de adiamento da convenção nacional do PMDB e cobrança de liberação de verbas federais para as emendas parlamentares.
Embora o impasse entre a escolha dos nomes de Hélio Costa (PMDB) e Fernando Pimentel (PT), em Minas Gerais, tenha sido o principal problema, a discussão do Ceará não passou em branco.
Pré-candidato ao Senado, o deputado Eunício Oliveira (PMDB) enfrentou os petistas , reclamando da pré- candidatura de José Pimentel (PT) ao mesmo cargo. Do outro lado, o PT alega que são duas vagas e não tem aceitado se retirar da disputa contra o principal rival no Estado, senador Tasso Jereissati (PSDB) - que deve concorrer à reeleição e conta com a simpatia do governador Cid Gomes (PSB).
Segundo o deputado José Guimarães (PT), vice-presidente estadual do PT, ``é claro`` que a candidatura de Pimentel está mantida e classificou de ``fofoca`` tal pressão.
O líder na Câmara Municipal da prefeita Luizianne Lins (que também preside o PT no Ceará) vereador Acrísio Sena (PT), disse que no mesmo dia (anteontem) houve reunião da executiva estadual e não chegou nenhum informe da direção nacional sobre o encontro.
``Se fosse assim, a direção nacional já teria ponderado. O próprio presidente do PT (José Eduardo Dutra) já disse que não há o menor cabimento (o recuo). São duas vagas``.
Eunício não atendeu às chamadas do O POVO durante a tarde de ontem. Sua assessoria negou que o Ceará tenha sido tratado na reunião de segunda-feira. (Giselle Dutra)
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