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sábado, 12 de junho de 2010

Tasso fala como adversário de Cid


O governador Cid Gomes e o senador Tasso Jereissati, embora não tenham se falado ontem, mandaram recados um ao outro por meio de declarações públicas. Sobre a decisão do PSDB de buscar viabilizar um candidato próprio ao Governo do Estado, Tasso enfatizou que o Ceará precisa de renovação e de quebrar uma hegemonia. Cid Gomes, por sua vez, avisou que não irá aceitar qualquer pressão.

"Cada um tem seu tempo. Eu não estou obrigando que ninguém se submeta ao meu tempo, mas também não vou aceitar que minhas obrigações sejam descumpridas por pressões de qualquer ordem", disse ontem, o governador durante visita ao Porto do Pecém. Mesmo relutando, Cid acabou dando declarações a respeito da reunião tucana da noite de quinta-feira. Hoje, em Guaramiranga, o PSB encerra a série de encontros regionais e deve iniciar diálogo com os partidos aliados.

Cid Gomes disse não ser certo que um integrante de outro partido faça críticas às decisões do PSB e por este motivo também não comentaria as decisões do PSDB, como esta última. O governador disse, entretanto, se preocupar em não deixar transparecer que está se movendo por qualquer tipo de pressão.

"Não acho certo que alguém venha querer me pressionar coisa nenhuma. Me incomoda, não estou dizendo que é o caso, alguém vir querer me pressionar a vir fazer qualquer coisa. Não é correto".

Cid Gomes fez questão de explicar que, em momento algum, fugiu do debate e nem da imprensa. "Estou fazendo o que eu tenho dito desde o início do meu governo".

Hegemonia

Em entrevista coletiva concedida ontem na região do Cariri, Tasso Jereissati justificou a postura de seu partido afirmando que o "PSDB não está se sentindo confortável num processo político muito hegemônico".

"Nós queremos um nome novo. O Ceará precisa inovar. Não pode ficar só em uma disputa entre um ou dois nomes. Uma ou duas famílias", disse.

O senador cearense voltou a afirmar que rompimento se deu pelo fato de o PSDB não estar se sentindo "confortável" no atual processo político que ele mesmo considerou como hegemônico. "O atual cenário está muito centrado em uma só força. Não há muitas alternativas e nós devemos contribuir com essa inovação porque o povo cearense merece uma renovação", enfatizou o líder maio dos tucanos no Estado do Ceará.

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