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sábado, 17 de julho de 2010

Cid Gomes confirma que queria PT e PSDB juntos


O governador do Estado, Cid Ferreira Gomes (PSB), candidato à reeleição, disse ontem, pela primeira vez, após as movimentações que antecederam o período eleitoral e culminaram com a saída do PSDB da sua base aliada, que gostaria mesmo de ter contado com PT e PSDB na sua campanha de reeleição. Afirmando, entretanto, que a política é "a arte do possível", ele preferiu não comentar os motivos do racha na sua antiga base e sentenciou: "o povo é que será o juiz de tudo isso. Quem tem razão e quem não tem".

O candidato do PSB visitou, no fim da tarde de ontem o Sistema Verdes Mares, oportunidade em que comentou sobre os principais projetos da sua gestão à frente do Estado e deu indicativos de futuros projetos que tocará, caso seja reeleito.

Como já é fato consumado que não irá contar com o apoio do PSDB, ao contrário, o terá como adversário, Cid Gomes disse que irá respeitar os adversários e que terá "humildade para receber as críticas".

O socialista voltou a condenar, entretanto, o enfrentamento nacional, que se reproduz na maioria dos estados, entre o PT e o PSDB e que, na visão dele, faz muito mal ao País. "Há uma disputa muito radical entre o PSDB e o PT em nível nacional. Eu acho que isso faz mal ao Brasil e defendo que o PT, sendo Governo, deveria procurar o PSDB. E o que eu defendi no passado foi que o PSDB tendo sido Governo, deveria ter chamado o PT", enfatizou, e complementou que os dois partidos possuem, "embora possa parecer paradoxal, certas afinidades".

"Não sou nem de um, nem de outro. Para a gente superar as dificuldades do Ceará temos que pensar grande e para isso, temos que ter união. É assim que eu penso e assim que procuro agir", disse, fazendo referência a sua ideia de tentar unir os dos partidos antagônicos no seu Governo.

Cid respondeu às criticas que partem do senador Tasso Jereissati à sua pessoa, de que seria "prepotente e dono da verdade", o que foi negado por ele. "Sempre faço política com aliados. Isso mostra que eu tenho disposição ao diálogo. Sou governador há 3 anos e meio, e sempre procurei o clima de diálogo com os partidos e com a sociedade. Todo mês, o Governo vai ao Interior e eu, pessoalmente, faço reuniões abertas onde as pessoas podem fazer críticas", detalhou o governador.

Legislativo

Com relação à nova correlação de forças na Assembleia Legislativa, depois da saída do PSDB da sua base aliada, Cid disse considerar natural que o tucanato adote a postura de oposição ao seu Governo. "A oposição, numericamente, se amplia e isso é natural. Um partido era aliado e deixou de ser. Isso acontece", disse, ao citar a questão nacional como uma das vilãs no processo de rompimento entre PSB e PSDB no Ceará, após o longo período de união.

Propostas

O candidato a governador disse que o discurso de campanha dele, assim como no primeiro pleito ao Governo do Estado, em 2006, terá como foco as áreas de educação, saúde, geração de emprego e segurança pública. Ele reconheceu que são vários os desafios, mas apontou a Segurança Pública como um dos maiores a serem vencidos.

Sobre o programa Ronda do Quarteirão, que foi o carro chefe da campanha passada, Cid disse que isso aconteceu porque os adversários tiveram discurso de que seria impossível o Governo do Ceará bancar um programa de tal monta.
DIÁRIO DO NORDESTE

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