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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Luizianne demonstra mal-estar com escolha de vice


A prefeita de Fortaleza e presidente estadual do PT, Luizianne Lins (PT), manifestou desconforto com a forma como se deu a escolha do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), como candidato a vice-governador na chapa pela reeleição do governador Cid Gomes (PSB) e sinalizou que não participará de comícios ou caminhadas da campanha de Cid.

Convidada de ontem no programa Jogo Político, da TV O POVO, Luizianne afirmou, na entrevista ao jornalista Fábio Campos, que considerou “complicado” o processo de definição do candidato a vice do governador, apesar dos elogios ao nome de Domingos, a quem qualificou de uma “liderança” que tem “talento”. “Um conjunto de 15 partidos se reuniram para dizer ao PT que não poderia ter duas vagas na chapa majoritária”. E emendou: “Mas o que foi negado ao PT foi dado ao PMDB”.

Luizianne defendia que seu partido deveria indicar o vice de Cid, mas o próprio governador manifestou resistência, já que o partido já possuía uma vaga na chapa majoritária – ocupada por José Pimentel (PT), como candidato ao Senado. Na entrevista, ela reafirmou a crença de que o PT poderia ter ficado com as duas vagas.

Mais cedo, após reunião da direção petista, na sede do partido, a prefeita havia dito que seu nível envolvimento nos movimentos eleitorais pró-Cid será o mesmo com que o governador se envolveu em sua campanha pela reeleição como prefeita, em 2008. E voltou ao assunto durante o Jogo Político. “O Cid participou da minha última campanha só em três momentos. Ele não participou de nenhum comício ou passeata minha”, disse Luizianne.

A prefeita ressaltou, contudo, que a participação de Cid em sua campanha, em 2008, foi “fundamental” e que o fato de Cid não ter ido à maioria dos eventos de sua campanha não significou que o Cid não apoiava a sua candidatura.

Atrasos

Questionada sobre a possibilidade de inaugurar as diversas obras que a Prefeitura de Fortaleza anuncia, Luizianne respondeu que nunca viu a imprensa tão apegada a prazos oficiais para entrega de equipamentos públicos. Ela disse que é normal que obras públicas atrasem, citando dois projetos que envolvem o Governo do Estado como exemplo: o Metrofor e o Acquario Ceará. “Mesmo com toda a boa vontade que o Cid tem, o Acquario está atrasando”, disse.

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