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domingo, 15 de agosto de 2010

CE terá 2ª campanha mais cara

O Estado do Ceará está em segundo lugar no Brasil em termos de previsão de custos de campanha para governador. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os sete candidatos preveem investimentos de R$ 124,2 milhões. Em primeiro lugar aparece São Paulo, com custo de R$ 196,2 milhões

Com três candidatos competitivos, o Ceará tem também a segunda campanha mais cara do País, entre os candidatos a governador - Lúcio Alcântara (PR) diz que gastará R$ 50 milhões. O atual governador, Cid Gomes (PSB) foi mais modesto e registrou que gastará R$ 39 milhões. Já Marcos Cals (PSDB) indica investimentos de R$ 30 milhões.

São Paulo terá a eleição mais cara do País para candidatos majoritários. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os nove candidatos ao governo paulista declararam que poderão gastar até R$ 196,2 milhões.

Dos nove candidatos cinco podem ser considerados competitivos: Geraldo Alckimin (PSDB), Aloízio Mercadante (PT), Celso Russomano (PP), Fábio Feldman (PV) e Paulo Skaf (PSB) e são eles os responsáveis pela ´inflação´ dos custos da campanha. Alckimin prevê a campanha mais cara do País, com R$ 58 milhões. Logo atrás aparece o socialista Paulo Skaf, empresário e ex-presidente da poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com R$ 50 milhões.

Minas Gerais vem em terceiro lugar na previsão de custos - R$ 91,7 milhões. São oito candidatos na disputa. A campanha está polarizada entre o ex-ministro Hélio Costa (PMDB), que registrou que gastará R$ 36 milhões e o atual governador Antônio Anastasia (PSDB), que deverá investir R$ 35 milhões, mas Zé Fernando (PV) aparece como uma terceira via e prevê R$ 15 milhões para a campanha.

A Bahia deverá ter a quarta campanha mais cara - R$ 86,5 milhões. O atual governador Jacques Wagner fez uma previsão de R$ 26 milhões para manter-se no Palácio de Ondina, mas tem como concorrentes diretos Paulo Souto (DEM), que indicou R$ 25 milhões, e o ex- ministro Geddel Vieira Lima, com R$ 30 milhões.

A disputa pelo governo do Distrito Federal terá a quinta campanha mais cara. A polarização está entre o petista Agnello Queiroz que "inflacionou" a campanha em R$ 35 milhões e o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), com R$ 10 milhões. Roriz ainda tenta manter sua candidatura junto ao TSE, já que na primeira instância foi indeferida. Como terceira opção aparece o candidato do PV, Eduardo Brandão que prevê gastos de R$ 20 milhões.

Na sexta colocação está o estado de Goiás com previsão de R$ 76 milhões com os custos da eleição para governador. Marconi Perillo (PSDB) indica R$ 30 milhões o valor total que poderá investir. Em seguida, Vanderlan Vieira com R$ 22,8 milhões e Iris Rezende (PMDB) com R$ 19,8 milhões.

O Paraná aparece na sétima colocação. Seus sete candidatos a governador querem investir R$ 72,6 milhões. Os dois principais candidatos - Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB) - preveem custos de R4 42 milhões e R$ 27 milhões respectivamente.

Na oitava colocação está o Pará, com R$ 72,3 milhões. A atual governadora Ana Júlia Carepa (PT) é responsável por 50% dessa verba. Ela quer gastar R$ 40 milhões. Em seguida aparecem bem atrás Juvenil (PMDB), com R$ 20 milhões e o ex-governador Simão Jatene (PSDB), com R$ 12 milhões.

Em nono lugar está o Mato Grosso, com R$ 65 milhões. A maior parte dessa previsão deve-se a campanha do peemedebista Silval Barbosa, que quer investir R$ 30 milhões. Em seguida Wilson Santos, com R$ 18 milhões e Mauro Mendes (PSB), com R$ 17 milhões.

Em décimo, o Estado do Maranhão prevê custo total de R$ 63,1 milhões. A candidata do PMDB, que disputa a reeleição, Roseana Sarney tem a campanha mais cara, com R$ 40 milhões. Seu concorrente mais próximo é o pedetista Jackson Lago, com R$ 15 milhões. Lago e Roseana reeditam a disputa de 2006, quando o primeiro foi vitorioso. Lago foi cassado em 2009 pelo TSE por abuso do poder econômico.

O comunista Flávio Dino tem a terceira campanha mais cara do Maranhão, com R$ 8 milhões. Dino foi protagonista de uma disputa do diretório do PT estadual com a cúpula nacional. Os petistas maranhenses queriam votar nele, mas a Nacional impôs Roseana Sarney.

Milionária

196,2 milhões de reais é a previsão de custos da campanha eleitoral de São Paulo para governador. São nove os candidatos, cinco considerados competitivos

VALORES ALTOS
São Paulo lidera os custos da disputa para o Senado

Para a disputa das 54 cadeiras do Senado Federal, duas para cada unidade da Federação, São Paulo também lidera a previsão de custos no País, com R$ 100,5 milhões, de acordo com o que os 18 candidatos declararam junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Orestes Quércia (PMDB) e Aloísio Nunes (PSDB) têm as campanhas mais caras - R$ 23 milhões cada. Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PC do B) com R$ 12 milhões vem em seguida.

A surpresa fica por conta da disputa em Roraima para o Senado. O Estado terá a segunda campanha mais cara do País com previsão de gastos de R$ 80,5 milhões. Marluce Pinto (PSDB) e Romero Jucá (PMDB) ambos com previsão de R$ 20 milhões de gastos, têm as campanhas mais caras. Outros quatro candidatos preveem gastos de R$ 10 milhões cada: Angela Portela (PT), Lauro Barreto (PHS), Aimberê Freitas (PV) e Telmário Mota (PDT).

O Paraná apresenta a terceira mais cara campanha para o senado. Os 12 candidatos têm previsão de gastar R$ 68 milhões. Quatro candidatos registraram o mesmo valor de custos no TSE - R$ 15 milhões - Gleisi Hoffmann (PT), Gustavo Fruet (PSDB), Ricardo Barros (PP) e Roberto Requião (PMDB).

Goiás terá a quarta campanha em termos de valores absolutos. Serão 59,7 milhões distribuídos entre nove candidatos. O atual senador Demóstenes Torres (DEM) é quem prevê maiores gastos R$ 15 milhões.

Mato Grosso, com R$ 57 milhões, deverá ter a quinta mais cara campanha com sete candidatos. O ex-governador Blairo Maggi é quem prevê gastar mais R$ 15 milhões.

O Pará vem em sexto lugar com previsão de R$ 54, 3 milhões. Entre os 11 candidatos a campanha mais cara é a do petista Paulo Rocha com R$ 20 milhões. Flexa Ribeiro (PSDB) prevê R$ 12 milhões e Jáder Barbalho (PMDB) R$ 12 milhões.

O Amazonas terá a sétima campanha mais cara com R$ 50,4 milhões. Em oitavo aparece o Maranhão, com R$ 50,3 milhões. Alagoas é o nono Estado onde a campanha será mais cara - R$ 47 milhões previstos pelos dez candidatos.

Minas Gerais está com a décima campanha mais cara com R$ 44,8 milhões. A décima primeira é a campanha de Santa Catarina com R$ 44,6 milhões. A Bahia vem com R$ 43,9 milhões em décimo segundo lugar.

Em seguida, o Distrito Federal aparece com a décima terceira campanha com previsão de gastar R$ 37,9 milhões. O Ceará terá a décima quarta campanha mais cara com R$ 36,3 milhões previstos e na décima sexta colocação está o Estado do Rio de Janeiro que prevê custo total de R$ 33,9 milhões.

Governadores

Preço/Campanha

São Paulo - R$ 196,2 milhões
Ceará - R$ 124,1 milhões
Minas Gerais - R$ 91,7 milhões
Bahia - R$ 86,5 milhões
Distrito Federal - R$ 76 milhões
Goiás - R$ 73,3 milhões
Paraná - R$ 72,6 milhões
Pará - R$ 72,3 milhões
Mato Grosso - R$ 65 milhões
Maranhão - R$ 63, 1 milhões
Rio Grande do Sul - R$ 56,5 milhões
Alagoas - R$ 55,3 milhões
Pernambuco - R$ 47 milhões
Amazonas - R$ 46 milhões
Rio de Janeiro - R$ 45,9 milhões
Santa Catarina - R$ 29 milhões
Piauí - R$ 37,5 milhões
Mato Grosso do Sul - R$ 36,2 milhões
Tocantins - R$ 33 milhões
Rondônia - R$ 32 milhões
Roraima - R$ 30,5 milhões
Rio G. Norte - R$ 28 milhões

Senadores

Preço /Campanhas

São Paulo - R$ 100,5 milhões
Roraima - R$ 80,5 milhões
Paraná - R$ 68 milhões
Goiás - R$ 59,7 milhões
Mato Grosso - R$ 57 milhões
Pará - R$ 54 milhões
Amazonas - R$ 50 ,4 milhões
Maranhão - R$ 50 , 3milhões
Alagoas - R$ 47 milhões
Santa Catarina - R$ 44, 6 milhões
Bahia - R$ 43,9 milhões
Distrito Federal - R$ 37,9 milhões
Pernambuco - R$ 36,3milhões
Ceará - R$ 36,3 milhões
Piauí - R$ 33,8 milhões
Sergipe - R$ 30,9 milhões
Rondônia - R$ 29,6 milhões
Tocantins - R$ 28 milhões
Paraíba - R$ 27,8 milhões
Mato Grosso do Sul - R$ 25,2 milhões
Rio Grande do Norte - R$ 22,9 milhões
Rio Grande do Sul - R$ 17 milhões

ESQUERDA
Partidos ideológicos terão gastos modestos

Os quatro pequenos partidos ideológicos de esquerda são os que apresentam candidatos com as menores previsões de custo na disputa eleitoral. São eles: Partido Comunista do Brasil (PCB), Partido da Causa Operária (PCO), Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU).

Entre os quatro, o PSOL é o maior e mais organizado. Terá candidatos a governador em 23 estados e previsão de custos de R$ 8,3 milhões. As campanhas mais caras serão as dos candidatos Luis Carlos Sena (AM) e Marcos Magno (MT), com previsão de gastos de R$ 1 milhão.

O PSTU tem 18 candidatos a governador com previsão de gastar R$ 1,2 milhões. Os maiores custos são dos candidatos Cyro Garcia (RJ) e Mancha (SP), R$ 250 mil, cada.

O PCB lançou candidatos em 17 estados. Igor Gabras (SP) e Amadeu Felipe (PR) preveem custos de R$ 500 mil, cada, para a disputa em seus estados.

O PCO, por sua vez, terá somente sete candidatos e custos totais de R$ 255 mil. Ana Caproni (SP) e Lourdes Sarmento (PB) são as que gastarão mais - R$ 50 mil na disputa. Entre todos os candidatos a governador, dois se destacam por terem as campanhas mais baratas do País. Querem gastar R$ 5 mil cada - Lourdes Melo (PCO -PI) e Amadeu (PCB-SC).

MARCELO RAULINO
REPÓRTER

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