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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dividido Brasil afora, PV do Ceará vai apoiar Dilma Rousseff


O diretório cearense do Partido Verde (PV) optou por apoiar Dilma Rousseff (PT) na disputa à Presidência entre ela e o tucano José Serra. De acordo com o candidato derrotado ao Senado e dirigente do PV-CE, Paulo Eduardo Lima, o Polô, sete de 11 dirigentes da sigla local votaram pelo apoio a Dilma; dois optaram por Serra e outros dois abstiveram, aguardando a decisão do PV nacional.


A decisão estadual foi votada no último dia 11, antes mesmo da resolução nacional do PV, divulgada no último domingo, 17. Se o PV decidisse por Serra no âmbito nacional, a resolução cearense seria invalidada. Como Marina Silva anunciou posição de neutralidade do partido, o diretório cearense pôde manter apoio a Dilma.


Polô declarou seu voto a Dilma e afirmou que o candidato derrotado do partido ao Governo, Marcelo Silva - que ficou em quarto lugar no primeiro turno com pouco mais de 66 mil votos – “segue a mesma posição”.


Ainda segundo o candidato derrotado ao Senado, a opção da maioria dos dirigentes por Dilma deve-se principalmente ao fato de o PV de Fortaleza ser da base aliada de Luizianne Lins, a presidente do PT no Ceará e coordenadora da campanha de Dilma na capital cearense.


O diretório municipal do PV se reúne hoje, na sede do partido, para avaliar a conjuntura e decidir como será o apoio e mobilização dos militantes a favor da candidata petista.


Polô também fará um convite formal ao senador eleito José Pimentel (PT) para que compareça à sede municipal do PV e assine termo de compromisso com o código ambiental, em reunião cuja data ainda será definida. Caso aceite o convite, Pimentel terá a oportunidade de palestrar na sede do PV defendendo a afinidade entre as siglas PT e PV.


O PT nacional aceita 41 dos 43 pontos do código florestal. A coligação PSDB/DEM, segundo Polô, “tem uma dificuldade muito maior” de se comprometer com o código e vai de “encontro com as ideias preconizadas (divulgadas) por Marina”.


Restrições

Os dirigentes do PV poderão realizar atos de campanha, porém com restrições estabelecidas pela cúpula do partido nacional.

Assessor de Marina Silva, o cearense Pedro Ivo Batista, que declara voto em Dilma, explica que os filiados ao PV podem se engajar em campanha “em caráter pessoal”, mas não podem usar influência de dirigente partidário para tentar angariar votos para qualquer candidato, Dilma ou Serra. Também fica vetado o uso de símbolos do PV (broches, adesivos, jingles etc.) para pedir voto.

André Teixeira

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