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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dilma: refinaria no Ceará é crucial


Na primeira entrevista coletiva que concedeu depois de eleita presidente, Dilma Rousseff (PT) afirmou que a refinaria prevista para ser construída em território cearense é crucial para a exploração do pré-sal, juntamente com os complexos petroquímicos do Maranhão e de Pernambuco. Até agora, no entanto, a refinaria cearense está atrasada em relação à dos estados vizinhos. Nem o terreno está liberado, enquanto as duas outras estão em obras.


Dilma afirmou ontem que as refinarias permitirão o melhor aproveitamento do petróleo do pré-sal. Ela justificou ainda a construção de duas refinarias tipo premium, de maior porte - casos de Ceará e Maranhão. “Temos de ter duas refinarias Premium não por uma mania de grandeza, mas por uma questão estratégica”.


A presidente eleita argumenta que o Brasil não deve exportar petróleo bruto (não-refinado), pois, desta forma, estaria perdendo a maior parte do lucro. Afinal, depois de ser refinado, o petróleo é exportado a um preço consideravelmente mais alto. “Aí entramos numa outra área, a petroquímica, e o ganho sobe acima de 1.000%”, ressaltou.


Ela admitiu ainda que será ela que precisará concluir as obras na região iniciadas no atual governo. “Temos todas as grandes obras de infraestrutura a completar no Nordeste”. Dilma estimou ainda que as obras da transposição do rio São Francisco devem ser concluídas até 2012, beneficiando Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. “O Nordeste vai ter água pra beber e pra produzir, do ponto de vista agrícola e também industrial”, afirmou.


Disse ainda que a ferrovia Transnordestina, que interligará Piauí, Ceará e Pernambuco, deve ficar pronta entre 2012 e 2013.


Indagada sobre alguns dos principais órgãos federais no Nordeste - a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), ela não entrou em detalhes, limitando-se a afirmar que irá tratá-los “como braços de desenvolvimento do Nordeste”.

O POVO


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