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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Inácio admite ser difícil de acontecer


A realização de uma reforma política no Brasil é muito difícil de acontecer. A avaliação é do senador Inácio Arruda (PCdoB) que não acredita na influência do presidente Lula para viabilizar uma ampla reforma. Ele assegura que nenhuma reforma política será feita fora do Congresso Nacional e dos partidos políticos.

Para o senador cearense é necessário que seja feita apenas uma adequação no modelo eleitoral e de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil. Essa adequação diz respeito a adoção do financiamento público de campanha e votação em lista porque uma coisa depende da outra. "É importante o financiamento público de campanha e somente poderá haver financiamento público com a votação em lista. Esses pontos, ressalta o senador, são importantes porque fortalecem os partidos políticos e representam uma significativa alteração nos costumes políticos no Brasil.

Observa ainda Inácio Arruda que os costumes e hábitos, no desenrolar da cena pública brasileira, consagraram o voto nos líderes, nas pessoas, nos indivíduos, que se tornaram mais importantes que os partidos políticos, que o Estado, que os municípios, sendo eles as grandes figuras das campanhas eleitorais. Por isso, argumenta, é muito difícil uma ampla reforma política no Brasil.

Institucional

Reforça ainda o representante comunista que uma grande reforma política só acontece quando há quebra institucional como aconteceu em 1988 com a Constituinte, resultado da mudança do Regime Militar para o Regime Democrático.

Agora o quadro é diferente e não há quebra institucional. Então, há tranquilidade política no país, não havendo necessidade de uma ampla reforma política. Ele admite que até mesmo a adequação que o PCdoB e outros partidos estão defendendo (financiamento público de campanha e voto em lista) é difícil de acontecer porque muitos parlamentares têm dificuldade de compreender o resultado positivo dessa mudança para a política e para o Brasil. Essas resistências estão no chamado "baixo clero", pequenos partidos.

Quanto à promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se empenhar por uma reforma política depois que deixar o Governo acredita o senador Inácio Arruda que a participação de Lula será importante para manter o tema vivo na mídia. Mas, não haverá nenhuma reforma política fora do Congresso Nacional e dos partidos e se a influência de Lula como presidente da República não foi preponderante para essa reforma, quando deixar o poder sua influência será menor ainda.

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