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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Marina cobra avanços


Fortaleza sediou mais uma das visitas da ex-senadora Marina Silva (PV), que busca uma revisão programática de sua legenda em todo o país. Despreocupada com as resistências e as divisões causadas, inclusive no Ceará, com o Movimento Transição Democrática do PV, incorporado por ela, Marina discursou, no último sábado, por quase uma hora no auditório da Câmara Municipal para cerca de 300 pessoas ligadas ao PV.

A ex-senadora, que disputou a Presidência da República, citou inúmeras vezes os 20 milhões de votos que recebeu quando postulou o cargo para justificar a sua intenção de mudanças dentro PV. "A gente estava acomodado no nosso cantinho, mas com vinte milhões de pessoas, não dá para continuar do mesmo jeito", admitiu.

Divisão

No Ceará, a visita de Marina acirrou a divisão interna no PV Ceará, já que parte das lideranças querem o direito de realizar eleições para escolher os membros da Executiva. Isso porque o atual presidente estadual da agremiação, Marcelo Silva, está há 12 anos no cargo. Embora tenha enfatizado que espera mudanças no Estado também, Marina Silva chegou a dizer que sentiu a falta de Marcelo no evento de sábado. "Eu tenho uma relação de respeito e amizade com o Marcelo. Queria que ele estivesse aqui. Não vim comprar briga. Mas nós vamos nos encontrar daqui há alguns dias na reunião da Executiva Nacional".


Questionada sobre sua postura caso o PV não consiga alcançar as mudanças propostas na revisão programática, Marina desconversou sobre a possibilidade de deixar o PV e declarou: "O partido não vai continuar do jeito que está. O Partido Verde vai avançar, com certeza". Marina lembrou a promessa que líderes do PV fizeram aos filiados de que, após a campanha, iria haver mudanças no programa da sigla e na forma de eleger os dirigentes, o que, segundo ela, não ocorreu. "Então, o que estamos fazendo é dando curso a essa decisão que foi tomada no partido", revelou.

A ex-senadora disse que não está se dispondo a presidir o PV Nacional e preferiu não falar na possibilidade de concorrer à Presidência do País. "Eu não vou ficar nesse lugar priore de candidata", destacou em entrevista. Em discurso, ela avisou: "Se a gente tiver bom nome (em 2014), pode ter certeza que vou ser a maior cabo eleitoral".

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