A extensão da proibição a candidatos a cargos proporcionais (deputado federal, estadual ou distrital), de participar de inauguração de obras públicas, a partir de 3 de julho próximo, foi elogiada por deputados federais cearenses. A restrição, anteriormente, limitava-se a postulantes de chapa majoritária (presidente, governador, prefeito, vice e senador).
Segundo eles, a medida apresenta um critério mais justo, pois, dependendo das inaugurações públicas, os dividendos políticos seriam estendidos aos principais aliados de governadores na disputa por cadeiras da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados.
O deputado federal Raimundo Matos (PSDB) afirmou que a citada mudança visa moralizar o que classificou como vantagem que os parlamentares e candidatos apoiados por determinados prefeitos e governador tinham em relação aos demais de um mesmo reduto eleitoral.
"O que acontecia é que quando temos eleição para deputado federal e estadual, muitas inaugurações de obras dos prefeitos, que não são candidatos, tentam privilegiar, de forma implícita, aquele candidato a deputado de sua preferência", ressaltou.
O deputado estadual Roberto Cláudio (PSB) diz que a decisão do TSE prima pelo "bom senso". Apesar de destacar que é rara a participação de candidatos proporcionais em inaugurações de obras, durante o período eleitoral, ele explicou que a medida visa a igualdade de condições entre os postulantes.
No entanto, o deputado federal Chico Lopes (PC do B) classificou a referida resolução do TSE como desnecessária e acrescentou que Corte Superior Eleitoral faz de tudo para acabar com o debate democrático na campanha eleitoral.
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