Nem mesmo a proximidade do período das convenções partidárias consegue estabilizar o clima politico entre os principais aliados do pré-candidato à reeleição, governador Cid Gomes (PSB). Pelo contrário.
Nas últimas horas, PSDB, PT e PMDB voltaram a protagonizar mais um estremecimento na base do Palácio Iracema. No melhor estilo ``os incomodados que se retirem``, os tucanos cobram do PT o direito de permanecerem aliados de Cid, e sugerem que os petistas saiam da gestão estadual.
Já o PMDB do deputado Eunício Oliveira mantém a pressão, em nível nacional, sobre o PT, para que o partido retire a pré-candidatura do deputado José Pimentel (PT) ao Senado.
``Por que eles (petistas) não se retiram do governo?``, disse ontem ao O POVO o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado João Jaime. A declaração do tucano acontece um dia depois de o ex-secretário estadual da Justiça, deputado Marcos Cals (PSDB) fazer um desabafo no mesmo tom.
Anteontem, momentos antes de participar de uma reunião de bancada com o senador Tasso Jereissati (PSDB) - a pauta foi exatamente sucessão estadual -, Cals reclamou do fato de o partido dele ter a presença no governo questionada pelos petistas apenas agora, às vésperas das eleições.
Apesar de achar ``muito difícil`` o PSDB se coligar com o PT, João Jaime diz não fazer nenhuma restrição. ``Mas a gente não faz questão de estar coligado com eles``, esnobou.
Méritos
Em resposta aos tucanos, o vice-presidente estadual do PT, deputado José Guimarães, afirmou que o partido está no governo por méritos próprios. ``Nós integramos a aliança que elegeu o Cid em 2006``, argumentou. O PSDB concorreu com o então governador Lúcio Alçântara (hoje PR).
Guimarães lembrou que no início do governo, em 2007, antes de ocupar duas secretarias de Estado (Sejus, por Cals, e Turismo, por Bismarck Maia), o PSDB criticava o governo.
O líder do governo na Assembleia, Nelson Martins (PT), observou que a entrada do PSDB no governo coube às circunstâncias da época, que envolviam disputas pelo comando da Assembleia.
Nelson destacou, ainda, que o processo não foi tranquilo. ``Houve resistência à participação (do PSDB) no bloco de partidos. Mas a gente se manteve após votação interna do PT``, afirmou Nelson.
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