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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Indefinição na bancada cearense


Parte da bancada cearense na Câmara dos Deputados está descontente com a proposta da presidente Dilma Rousseff (PT) de reajustar o salário mínimo nacional de R$ 520,00 para R$ 545,00. Alguns deputados federais - da base governista, inclusive - já afirmam que vão brigar por um mínimo maior do que quer o Governo. Outros, dizem esperar que o Palácio do Planalto aumente a proposta. As negociações prosseguem até a próxima quarta-feira, quando a matéria entra em votação na Câmara dos Deputados.

Até entre os petistas há quem queira o valor do mínimo maior que os R$ 545,00. O deputado federal Artur Bruno (PT), por exemplo, diz ter “esperança” de que até o momento da votação o governo aumente a proposta. Bruno não se diz favorável a um valor ou outro em discussão, mas defende o acordo firmado em 2007 entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula as Silva (PT) e as centrais sindicais.


Pelo acordo, o mínimo é reajustado com base no índice de inflação mais a variação do Produto Interno Bruno (PIB) de dois anos anteriores. “A bancada do PT se reuniu semana passada e decidiu defender esse acordo. O PT não definiu valor, definiu que é a favor do acordo”, disse Bruno.


O PDT também não aceita os R$ 545,00 – valor que, segundo o Governo, contempla a fórmula acordada por Lula. “Propomos um salário mínimo no valor de R$ 560,00”, avisa o deputado federal André Figueiredo (PDT). O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) também se diz contrário à proposta governista. “Vou apostar na conciliação com as centrais sindicais. Vou apostar nos R$ 560,00”. Assim como Bruno, o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB) também acredita que o Governo pode aumentar a proposta até quarta-feira. “Existe ainda muita gente descontente, gente da própria base”. Segundo ele, seu voto será alinhado às orientações do PMDB, que apóia a mensagem do Executivo. Entre os parlamentares ouvidos pelo O POVO, só quem declarou apoio incondicional aos R$ 545 foi o deputado federal José Guimarães (PT). “Eu voto a favor. Independente de ser cinco, dez, vinte ou mil, eu voto com o Governo”. (colaborou Ranne Almeida)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA
A votação do novo mínimo será nominal, em que cada voto é identificado. Isso pode pode mexer com a vaidade dos deputados, já que todos saberão quem foi contra ou favor de um mínimo maior ou menor para os brasileiros. Em pauta, proposta de R$545, R$ 560 e R$ 600

Pedro Alves
pedroalves@opovo.com.br

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