"QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER"

Vandré

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

"Não devemos nada a Pimentel"


"Nós não devemos nada a Pimentel. Nada. (pausa) Nada!``, afirmou Ivo Gomes, em resposta ao apelo do deputado federal José Pimentel (PT), para que o governador Cid Gomes (PSB) ``reconheça`` o que ele diz ter feito pelo Estado e apoie sua candidatura ao Senado.

Conforme O POVO publicou ontem, o petista disse que gostaria de ter o "reconhecimento" e o apoio de Cid nas próximas eleições, por ter beneficiado o Estado quando relator-geral do Orçamento da União, em 2008,assegurando recursos para projetos tocados pelo Palácio Iracema.

Ivo declarou que as alianças são construídas em conversas com os partidos e que o PSB não impõe nada nem aceita imposições, alegando que as conversas ainda não começaram. ``Ele (Pimentel) está exigindo um reconhecimento. Eu estou perguntando: reconhecimento de quê? Por quê?``, questionou Ivo.

Ontem, o site Política Real divulgou informação, segundo a qual Pimentel criticaria o Ceará por ter a segunda pior execução do PAC do Brasil. A declaração teria sido feita durante uma explanação sobre o andamento do PAC, na Bancada do Nordeste, na Câmara dos Deputados.

Por meio de nota enviada ao site, Pimentel disse que a execução do programa Minha Casa, Minha Vida no Ceará é a segunda pior do Brasil, não o desempenho geral do PAC, como foi publicado. (Thiago Paivae Giselle Dutra)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tucanos criticam postura de aliado


O fato de o PSB ter negado legenda para a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à presidência da República, causou maior repercussão entre os deputados estaduais do PSDB do que na bancada do PSB. Ontem, a bancada tucana quase que em peso reclamou da decisão do Partido Socialista Brasileiro, mas o que mais gerou críticas foi o fato de o ex-presidente da Companhia Docas do Ceará, Sérgio Novaes (PSB), ter votado contrário à candidatura de Ciro Gomes.

Para o deputado Marcos Cals (PSDB), ficou deselegante para Sérgio Novaes, votar contra um companheiro de partido que é irmão do atual presidente do PSB no Ceará, no caso Cid Gomes. Para o tucano, a atitude correta de Novaes era falar com o presidente nacional da sua legenda, Eduardo Campos, para dispensá-lo da votação, por ser do Ceará, no que, por certo, seria bem compreendido não só pelo presidente da agremiação, mas por todos os demais.

O deputado Osmar Baquit (PSDB) entende que ao votar contrário à candidatura de Ciro Gomes, Sérgio Novaes traiu o povo cearense, deixando claro que se o Governador do Ceará não fosse o atual presidente da sigla no Estado, Sergio Novaes ia "puxar o tapete" de Cid Gomes não o deixando ser candidato à reeleição.

"O PSB tem dez deputados estaduais, hoje todos fechados a favor da candidatura do Ciro e o Sérgio Novaes trocou todo esse povo pelos navios lá nas Docas em nome da submissão ao Governo Federal". Baquit disse estranhar o silêncio da bancada do PSB na Casa, que, a seu ver, deveria enviar uma nota de repúdio em relação à decisão de barrar a candidatura de Ciro.

Conivente

O deputado Fernando Hugo (PSDB) disse lamentar a "postura omissa ou conivente da bancada PSB" após a decisão tomada pela cúpula da legenda que para ele, seguiu um ato totalitário do presidente Lula em impedir a candidatura do socialista.

O deputado José Teodoro (PSDB) também está de acordo que a retirada de Ciro da disputa à presidência obedece a uma imposição do presidente Lula que a seu ver, quer dar um caráter plebiscitário às próximas eleições presidenciais.

Dos socialistas que estavam na Assembleia, apenas dois se pronunciaram sobre a saída de Ciro Gomes da disputa pelo Palácio do Planalto, mas em nenhum momento fizeram a defesa do colega de partido Sérgio Novaes. O deputado Edson Silva (PSB) apenas pontuou que sua legenda fraquejou ao negar a Ciro Gomes e ao povo brasileiro. O deputado Welington Landim (PSB) analisou que a retirada da candidatura de Ciro Gomes é uma perda para a democracia brasileira já que a disputa ficará resumida apenas entre dois candidatos.

Patrícia fala em reedição de dobradinha


Ao reafirmar sua disposição de se candidatar à reeleição, a senadora Patrícia Saboya (PDT) disse ao O POVO que ontem mesmo recebeu o aval do colega Tasso Jereissati (PSDB) para fazerem uma dobradinha nas eleições deste ano, a exemplo da composição que os elegeu em 2002. ``Hoje (ontem) mesmo tivemos essa conversa, ele dizendo que na hora que eu topar, ele é candidato comigo``, disse. Segundo ela, é possível a formação de um palanque independente no Ceará, que apoie a reeleição do governador Cid Gomes (PSB), mas não Dilma Rousseff (PT) a presidente, do qual possa fazer parte como candidata ao Senado.

A costura, porém, segundo a senadora, ainda está longe de ser oficial e depende de outras alianças partidárias e do posicionamento do PDT. ``Não sou intransigente nem obsessiva. Se a vontade da maioria for contrária à minha candidatura, disputo a deputada federal, sem nenhum demérito."

Fazer parte de tal ``palanque independente`` - que seria encabeçado por Tasso - não significaria automaticamente apoiar José Serra (PSDB) ao Planalto. Sem Ciro Gomes (PSB) na disputa, Patrícia disse não ter ``ânimo`` para declarar apoio a ninguém. (Kamila Fernandes -kamilafernandes@opovo.com.br)

No pós-Ciro, atenções e pressões voltam-se para Cid



Pré-candidato a senador, o deputado federal José Pimentel (PT), pela primeira vez, comentou que gostaria de ter o ``reconhecimento`` do governador ao seu desejo de sair vitorioso nas próximas eleições.

Pimentel preferiu não comentar a especulação de que poderia não contar com o respaldo do Palácio Iracema, dentro de um cenário em que Cid endossaria apenas o presidente regional do PMDB, deputado federal Eunício Oliveira e, informalmente, o senador tucano Tasso Jereissati.

Como prova de lealdade, José Pimentel lembrou que, quando foi o relator-geral do Orçamento da União 2008, assegurou recursos para todos os projetos estruturantes tocados pela administração estadual - refinaria da Petrobras, Siderúrgica, Centro de Feiras e Eventos, Cinturão das Águas e Cinturão Digital.

"Se o governador tem um partido que tem sido leal e dado apoio a ele sem pedir nada em reciprocidade, esse partido é o Partido dos Trabalhadores``, observou Pimentel.

Até o líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), que vinha evitando falar do assunto eleição, comentou a atual situação das alianças no Estado. ``A grande dificuldade aqui era a definição nacional. Agora, vai ser mais fácil``. Para ele, a remoção de Ciro vai fortalecer a aliança de Cid com o PT pela influência das orientações nacionais.

Outros petistas já avaliam que Cid vá optar pelo PT, alegando que o PSDB viria ``por inércia`` após as eleições. Também por esta linha de raciocínio, Ciro deve apoiar Tasso na reeleição, enquanto Cid manteria Pimentel e Eunício na coligação oficial.

O secretário geral do PSB no Ceará, deputado Zezinho Albuquerque, disse que o governador ``não está com pressa``, e que irá aguardar a definição oficial do PSB nacional, prevista para o dia 17 de maio. ``O governador não conversou com nenhum partido ainda. Vai esperar os ânimos se acalmarem. Estão todos muito nervosos``.

Corpo mole
Do lado do PSDB, deputados já fizeram campanha apresentando proposta do pré-candidato a presidente do PSDB, José Serra, computando que os votos que seriam de Ciro irão para o tucano. Há quem aposte que Cid vá fazer corpo mole na campanha presidencial depois que a campanha do irmão foi rifada.

Além disso, o PSDB está querendo saber qual a posição de Cid em relação ao partido. ``Nós do PSDB temos que fazer uma aliança formal. Até o Cid já deu manifestação explícita de continuar com o PSDB``, afirmou o deputado Luiz Pontes (PSDB).

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Tucanos atribuem saída de Ciro à pressão do PT


Antes mesmo do anúncio oficial da saída do deputado cearense Ciro Gomes da disputa pela Presidência da República, feita na tarde de ontem, pelo presidente do PSB, em Brasília, deputados estaduais cearenses já denunciavam a articulação de bastidores feita pelo PT para retirar de Ciro a possibilidade de candidatura. Mais uma vez, parlamentares de diversas matizes se solidarizaram ao cearense.

Segundo o deputado Osmar Baquit (PSDB), a candidatura de Ciro foi tirada "à marra, à força, e em troca de cargos". O tucano expressou, na tribuna, o entendimento de seus correligionários na Assembleia. "Tiraram na marra a candidatura de um cearense que tem muito a contribuir para o debate", disse.

Para Fernando Hugo (PSDB), Ciro errou ao transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo. "O Ciro deve está arrependido de ter elogiado o Lula quando agora sabe que ele não é um homem confiável". Gony Arruda (PSDB) disse que o episódio remete aos tempos de ditadura.

A perda maior, segundo Professor Teodoro, será a falta de discussão mais ampla com a disputa concentrada entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o candidato José Serra.

O deputado Vasques Landim (PR) também é um dos que defendem que a saída de Ciro Gomes da disputa empobrece o debate nacional e priva o povo a ter mais uma oportunidade de escolha. Segundo ele, cenário que também começa a ser desenhado no Estado, já que por enquanto, o governador Cid Gomes é o único candidato a ser apontado.

Decisão

O deputado Artur Bruno (PT) rebateu às criticas a seu partido, deixando claro que o PT não forçou a decisão do PSB de retirar Ciro da disputa à Presidência. Segundo ele, na época que Ciro disse a Lula do seu interesse de ser candidato, o presidente orientou o cearense a buscar se viabilizar. "Qual foi a traição do PT à Ciro? Nenhuma".

Novais vota contra Ciro


Representante do Ceará na Executiva Nacional do PSB, o presidente da sigla em Fortaleza, Sérgio Novais, votou contra a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à Presidência da República. Membro histórico e ex-dirigente estadual da legenda, Novais acabou perdendo espaço dentro do PSB depois que o grupo ligado a Ciro Gomes embarcou na legenda, em 2005.

Ao O POVO, Novais afirmou que os interesses regionais, na atual conjuntura, são mais importantes que uma candidatura própria. ``Temos 11 candidatos a governador no Brasil, oito dos quais estão entre primeiro e segundo lugares. Oito candidatos a senadores com possibilidade de eleger cinco, além da busca de eleger 43 ou 44 deputados federais. Então, esse é um cenário posto dentro dos estados, e diante dessa encruzilhada, de ter candidato a presidente ou reforçar o poder nos estados, o caminho da maioria foi o segundo``, argumenta.

Instigado a comentar os efeitos dessa decisão no Ceará, o líder do Governo, deputado Nelson Martins (PT), acredita que o governador Cid Gomes (PSB) deverá se engajar na candidatura de Dilma Rousseff (PT), mesmo diante da possibilidade de o PSDB apoiar sua reeleição. (IC)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sociedade brasileira já está preparada para ter uma mulher como presidente


A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, disse na quinta-feira que as mulheres ainda não têm um espaço na política e na sociedade equivalente à presença delas na sociedade.

Ela participou da abertura do Seminário Internacional Mulher e Participação Política na América Latina, promovido pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, que reuniu representantes de 11 países no noite de quinta-feira na sede nacional do partido, em Brasília.

"Ainda temos uma participação política que não coaduna com nosso peso na sociedade, somos 52% de brasileiras. Temos participação forte no ensino superior e, segundo o Sebrae, 53% das pequenas empresas são comandadas por mulheres", comentou Dilma.

A sociedade brasileira, segundo Dilma, já está preparada para ter uma mulher como presidente, assim como já ocorreu no Chile e na Argentina.

"Sempre respondo assim: ninguém pode negar que as mulheres são sensíveis, somos sensíveis e isso é uma qualidade", afirmou. "A mulher, para sobreviver a vida privada, tem de ser sensata e pragmática, caso contrário não consegue vencer as dificuldades do dia-a-dia. A mulher é corajosa e resiste à dor."


Ela listou ainda as decisões do governo Lula que privilegiaram as questões de gênero e a importância da criação de uma pasta para tratar especificamente disso. "O governo Lula criou a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres nos primeiros dias de governo. Isso significou colocar a questão de gênero dentro do governo. Nós achamos que as mulheres têm que ser protagonistas e fizemos uma política afirmativa."

Dilma lembrou que, no Bolsa Família, por exemplo, são as mulheres que recebem os recursos "pela convicção que temos que elas vão privilegiar a alimentação de seus filhos".

A senadora uruguaia Constanza Moreira, que representou a senadora Lúcia Topolansky, presidente do Senado do Uruguai, ressaltou a necessidade de dar continuidade à gestão de Lula para garantir os avanços do Mercosul. Para ela, os avanços do bloco comercial são fundamentais para o desenvolvimento do Uruguai. Ela teme que uma troca de comando no Brasil coloque o Mercosul em risco.

"Não imagino como será o Mercosul se houver mudança de rumo no Brasil. Não consigo imaginar a continuidade do Mercosul sem a continuação da gestão do Lula", comentou Constanza. "É muito importante que uma mulher venha a desempenhar o papel de governo num país que está sendo chamado para a liderança."

PDT marca convenção para confirmar apoio à reeleição de Cid


O PDT do Ceará vai confirmar apoio à reeleição do governador Cid Gomes (PSB) no dia 19 de junho, data em que realizará, no ginásio do Clube Náutico, em Fortaleza, sua convenção estadual. A informação é do presidente regional do partido, André Figueiredo, adiantando que, nessa ocasião, os pedetistas lançarão também um nome para disputar o Senado.

“Nós já decidimos apoiar a reeleição do governador e também acertamos disputar uma vaga de senador. A tendência é termos o professor Flávio Torres como nosso candidato, já que a senadora Patríca Saboya deverá tentar cadeira de deputada federal”, disse Figueiredo. Ele lembrou que Torres já assumiu no lugar de Patrícia e que tem credenciais para pleitear a vaga.

O dirigente pedetista informou também que a convenção nacional do partido já está com data definida: 12 de junho, em Brasília. André adiantou que o PDT homologará apoio à pré-candidata do PT á Presidência da República, Dilma Rousseff. “Nos somos da base aliada do Governo Lula e apenas vamos confirmar o apoio”, observou.

Sobre a saída de Ciro Gomes do páreo presidencial, o que deve ser confirmado pela cúpula nacional do PSB nesta terça-feira, em Brasília, André Figueiredo lamentou, mas disse que o PDT já havia acertado apoio a Dilma.

Sobre Ciro, Serra diz: 'Sapo de fora não chia'


Em entrevista ao apresentador José Luis Datena, do programa “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu nesta segunda-feira, 26, o endurecimento das leis criminais e pediu a revisão da progressão de pena. Segundo ele, bandido deve ser combatido com dureza.

"Sou a favor dos direitos humanos. Mas, bandido tem que ser combatido e enfrentado com dureza. O governo tem que peitar dentro do Congresso e chamar a opinião pública para apoiar", afirmou o tucano.

É a segunda vez em dois meses que o ex-governador de São Paulo dá uma entrevista ao apresentador. Na última semana, Datena conversou com a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

Perguntado sobre a saída do deputado Ciro Gomes (PSB) da disputa presidencial, Serra preferiu não comentar. "Sapo de fora não chia. Isso aconteceu dentro da aliança deles. Claro que eu prefiro que o Ciro fale bem de mim do que o contrário. Mas eu preferi não opinar nisso, porque eu não sei os desdobramentos."

O tucano disse que a disputa eleitoral deste ano é com Dilma e não com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pré-candidato lembrou sua experiência de oito eleições disputadas.

Serra voltou a defender o mandato de cinco anos sem reeleição, e disse que não irá acabar com o Bolsa Família. "Eu não sou trouxa. Eu sei governar. Se você for para o governo fazer picuinha com quem foi antes, você prejudica a população", declarou.

O ex-governador preferiu não comentar as criticar do pré-candidato petista ao governo Aloizio Mercadante sobre as enchentes em São Paulo. Segundo ele, as enchentes foram uma calamidade natural.

"Responder ao Mercadante é um atraso de vida. Eu não sou candidato a governador, e ele é. Ele vai ficar falando, falando", disse.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciro está atirando...

Ciro começou a usar sua metralhadora giratória, quem conhece o ímpeto do cearense, natural de Sobral, sabe que ele não iria deixar por menos esse puxão de tapete protagonizado por PT e PMDB, começou a acusar os ex-aliados políticos, “O PMDB tem tantas virtudes e defeitos quanto outro partido. O problema é a hegemonia. Hoje quem manda no PMDB não tem o menor escrúpulo. Nem ético, nem republicano, nem compromisso público, nada. É um ajuntamento de assaltantes".

Com uma mágoa evidente em seus olhos e coração, Ciro disse ainda mais: “há três, quatro meses atrás eu era o herói do PT. Três quatro meses depois, como eu não sou mais conveniente, sendo a mesma pessoa, pensando rigorosamente a mesma coisa, eu hoje sou agredido, de forma rasteira, pouco elegante, pouco educada”.

Agora, o que fica no ar é se o Governador Cid Gomes saberá contornar esse mal estar entre seus principais aliados, e seu irmão...

Tasso em conversa com um amigo em comum ao deste que escreve, declarou que Cid levará a aliança com o PSDB adiante, doa a quem doer, veremos quem sairá mais enfraquecido desta batalha.

Will Almeida

Provável vice de Dilma visita o Ceará


Quase certo para ser vice de Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos deputados e comandante nacional do PMDB, Michel Temer, visita hoje ao Ceará para participar da posse do cearense Danilo Forte na presidência da Fundação Ulysses Guimarães & centro de estudos que funciona como uma espécie de ``escola política`` do partido.

A visita também seria o pano de fundo para uma rodada de articulações eleitorais com o PT cearense. Conforme nota publicada ontem pelo jornal Correio Braziliense, Temer viria disposto a convencer a sigla a desistir de lançar o ex-ministro da Previdência Social, José Pimentel (PT), na briga pelo Senado. Para os peemedebistas, a entrada do petista no páreo pode atrapalhar os planos do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB), que também tentará uma cadeira na Casa este ano.

Questionado pelo O POVO, Eunício refutou a possibilidade de encontro entre Temer e a cúpula petista e negou a intromissão nacional na questão local.

"Não tem encaminhamento do Michel na questão estadual. Ele é presidente nacional do partido. A única pessoa que poderia tratar disso sou eu``, frisou o presidente estadual peemedebista, após acrescentar que Temer voltará hoje mesmo a Brasília e que não há qualquer outro compromisso no Estado, fora a solenidade da Fundação.

Nas mãos de Cid
Eunício tem dito que o PMDB vai apoiar, para a segunda vaga no Senado, aquele que o governador Cid Gomes (PSB) eleger como opção. ``Como nós delegamos isso ao Cid, para ele tomar a providência que achar conveniente, não temos sequer o direito de opinar nessa questão. Não vamos impor obstáculo``, argumentou.

O governador já garantiu apoio a Eunício e, agora, deverá optar entre abraçar a candidatura de Pimentel ou a tentativa de reeleição do senador Tasso Jereissati (PSDB).

Perguntado sobre se seu partido teme a entrada do petista na disputa, Eunício afirmou que ``Não tem nada contra PT, não tem veto a ninguém``.

PT e PSDB já admitem coexistir

Se o discurso oficial de PT e PSDB é de não saírem juntos de nenhuma maneira numa eventual coligação, nos bastidores já admitem a coexistência na chapa de Cid Gomes (PSB).

O deputado Marcos Cals (PSDB) é um dos que pregam aliança com todos os partidos que integram a base aliada e ainda quer incluir o DEM. "Queremos uma aliança formal com todo mundo, inclusive com o PT. É uma aliança em torno do nome de Cid Gomes e não do PT". O deputado Luiz Pontes (PSDB) também avalia que o entendimento do seu partido é com o governador. "O PT eu relevo".

Nos bastidores, os petistas também já admitem que não têm controle sobre Cid, embora ninguém fale abertamente sobre o assunto.

Já no PSB, a avaliação geral é de que, com ou sem PSDB, o PT dificilmente sairá da coligação. ``A única forma de o PT sair da coligação é se Cid apoiar José Serra (pré-candidato tucano à Presidência)``, aposta uma fonte próxima aos Ferreira Gomes. O cenário, porém, é remoto. (Giselle Dutra -giselledutra@opovo.com.br)

Dilma rebate Ciro e se defende

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que tem todas as credenciais para disputar a sucessão nacional. Ela listou os cargos que já ocupou no governo ao comentar críticas do deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Na semana passada, Ciro disse que o pré-candidato José Serra (PSDB) era mais preparado porque já foi governador, prefeito e ministro.

"Eu respeito, tenho admiração, tenho amizade pelo Ciro Gomes. A opinião dele é opinião dele. No que se refere à posição do Ciro Gomes, não tenho o que comentar. (...) Da minha parte acho que tenho todas as credenciais para ser candidata à Presidência``, disse.

Dilma concedeu entrevista durante o encontro estadual do PT, na quadra da Portela, na zona norte do Rio de Janeiro. Ela lembrou que já foi secretária de Fazenda de Porto Alegre, secretária das Minas e Energia do Rio Grande do Sul, ministra de Minas e Energia e ministra da Casa Civil.

Além de listar os cargos já ocupados, Dilma disse que participou de todas as grandes lutas políticas do País, como a resistência à ditadura, as Diretas, o movimento pela Anistia e o ressurgimento da democracia.

"Tenho militado no PDT por um tempo e agora nos últimos 12 anos, 10 anos no PT. Então eu tenho a minha experiência política. Dirigi a Casa Civil e lá coordenei os programas de governo do presidente Lula. É assim que vou me apresentar``, afirmou.

Sobre quem apoiará no Rio, Dilma disse que o palanque do governador Sérgio Cabral (PMDB) é o único do PT no Estado. Sobre a possibilidade de subir no palanque do pré-candidato a governador Anthony Garotinho (PR), Dilma disse que ``no que se refere a outros palanques, a coordenação da minha campanha e todos os partidos da base aliada vão decidir as condições, se vai haver algum outro palanque``.

domingo, 25 de abril de 2010

Ciro avisa que não pretende se empenhar por Dilma


Prestes a ver o PSB negar-lhe a legenda para disputar a Presidência, o deputado federal Ciro Gomes (CE) sinalizou que não vai trabalhar ostensivamente pela candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A correligionários, ele avisou que pretende seguir a orientação do PSB - que deverá formalizar o apoio a Dilma em dois dias. Deixou claro, no entanto, que seu empenho na campanha da petista será "muito discreto".

Ciro confidenciou a amigos que pretende viajar para o exterior assim que passar o turbilhão que envolve sua pré-candidatura à Presidência e garante que não será candidato nas eleições de outubro. O deputado disse ainda que vai se "aquietar" e sair da política "por pelo menos um longo tempo". "Vou escrever, vou ler, olhar para os meus filhos e minha mulher", resumiu.

Ao mesmo tempo em que faz "corpo mole" pela eleição de Dilma, o deputado deixa claro que vai se dedicar intensamente a pelo menos três campanhas eleitorais. A promessa é trabalhar com afinco na reeleição de seu irmão Cid Gomes (PSB) ao governo do Ceará, na eleição da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), sua ex-mulher, para Câmara, e na reeleição de seu padrinho político, o senador tucano Tasso Jereissati (CE).

PCdoB diz ao PT que possui um nome para o Senado


Se a eventual candidatura do ex-ministro José Pimentel (PT) para o Senado já encontra obstáculo no governador Cid Gomes (PSB), agora também o PCdoB pode representar mais uma dificuldade à proposta petista. Ontem à noite, a convite da direção estadual do PCdoB, membros da Executiva Estadual do PT ouviram da direção do PCdoB que o partido merece ficar com uma vaga na chapa majoritária e possui um pré-candidato ao Senado: o advogado Hélio Leitão, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE). Além de um vaga ao Senado, o PT reivindica - dentro da aliança partidária que sustenta o Governo estadual - a vaga de vice ao lado do governador no pleito pela reeleição.

O PCdoB, porém, não concorda com a tese de que o PT fique com duas vagas na chapa majoritária. Ontem, o presidente estadual do PCdoB, Carlos Augusto Diógenes, o Patinhas, não descartou a possibilidade de o PCdoB aceitar trocar a vaga ao Senado pela de vice na chapa de Cid pela reeleição. ``O fato de o PT já estar na vice e nós termos um ótimo relacionamento com o Francisco Pinheiro, que é um excelente vice-governador, há uma certa tendência em dizer: -ah, se o PT já está na vice, então o PCdoB poderia ter o candidato ao Senado-. Mas, caso o PT queira abrir mão da vice e ficar com o Senado, o PCdoB pode, então, conversar com o governador, porque o vice tem que ter o aval do governador``, afirmou Patinhas, destacando que o partido está aberto ao diálogo e que o nome de Leitão é apenas uma ``proposta``. ``Não não estamos impondo nada.``

Já a prefeita Luizianne Lins (PT), presidente do PT no Ceará, disse que as conversas sobre o Senado acontecerão somente após as definições nacionais. Ou seja: após a definição do PSB sobre a possível candidatura presidencial de Ciro Gomes (PSB) - assunto a respeito do qual Luizianne preferiu não emitir opinião ontem. Segundo Luizianne, a conversa com o PCdoB faz parte de outras conversas que o PT terá com todos os partidos que apoiam Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, no Ceará.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fora da disputa, Ciro manda recados a Lula, Dilma e PMDB


As palavras duras empregadas na entrevista que concedeu ao iG, contudo, não vinham acompanhadas de um tom eufórico. Ciro estava sereno, mesmo quando declarou que “Lula está navegando na maionese”. Na conversa, assumiu pela primeira vez que sua candidatura à presidência da República chegou ao fim. Oficialmente, aguardará a decisão da executiva do partido, marcada para o dia 27 de abril, terça-feira da semana que vem. Mas o próprio teor das declarações que fez ao iG indica o grau de entrosamento entre candidato e legenda. Citando nominalmente o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, e o vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, Ciro disse que os líderes pessebistas “não estão no nível que a História impõe a eles”.
Pela primeira vez, Ciro admitiu também que pode largar a política partidárianeste ano. Ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso e ex-ministro de Lula, Ciro Gomes tem uma carreira política vitoriosa. Aos 53 anos, poderá se ver obrigado a fazer uma parada técnica e ficar de fora da política por dois anos se se dispuser a voltar na condição de prefeito, ou até quatro anos, se quiser voar mais alto. Terá então 57 anos, jovem para padrões políticos.
A parte mais forte da entrevista concedida ao iG foi reservada ao presidente Lula, a quem acusa pessoalmente de agir de maneira desmedida na tentativa de eleger a candidata Dilma: “Lula está navegando na maionese. Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz ‘Presidente, tenha calma’. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz”.
Ciro Gomes afirma que Lula tem a popularidade que merece ter, pois seu governo tem realizações. “Mas ele não é Deus”. Ciro critica a decisão do Palácio do Planalto de interferir no debate interno do PSB e critica ainda o que classifica de subserviência partidária: “Tiraram de mim o direito de ser candidato. Mas quer saber? Relaxei. Eles não querem que eu seja candidato? Querem apoiar a Dilma? Que apoiem a Dilma. Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido. Não vou confrontar o Lula. Não vou confrontar a Dilma.”
Na entrevista, Ciro Gomes diz que sua presença na eleição cumpriria uma missão. “Trata-se de uma missão estratégica, que não será desempenhada por mais ninguém”. Ciro afirma que não tinha ilusões eleitorais, mas via uma chance de ajudar num debate que, ao seu ver, é urgente. “Em 2011 ou 2012, o Brasil vai enfrentar uma crise fiscal, uma crise cambial. Como estamos numa fase econômica e aparentemente boa, a discussão fica escondida. Mas precisa ser feita.” Segundo Ciro, a candidatura de Dilma Rousseff tem menos chance de enfrentar o problema do jeito que ele precisa ser enfrentado. “Como o PT, apoiado pelo PMDB, vai conseguir enfrentar esta crise? Dilma não aguenta. Serra tem mais chances de conseguir”.
Embora prometa acatar a decisão do partido de apoiar a candidata petista, até porque não restam alternativas, Ciro Gomes avisa que não se envolverá na campanha: “Não me peçam para ir à televisão declarar o meu voto, que eu não vou. Sei lá. Vai ver viajo, vou virar intelectual. Vou fazer outra coisa”. Ciro acredita que a eleição deste ano será marcada por baixarias, entre as quais inclui uma ação de grupos radicais abrigados no PT: “Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo. Vai ser uma m…

Maioria dos diretórios deve dar 'saída honrosa' a Ciro


A maioria dos diretórios regionais do PSB vai declarar apoio à proposta de aliança em torno da petista Dilma Rousseff e selará a retirada de candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência da República. A manobra atende ao desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer o PSB coligado oficialmente ao PT. O comando nacional do PSB deu ontem a Ciro a saída política honrosa que ele desejava para que o partido possa abandonar definitivamente sua candidatura presidencial sem provocar uma crise interna na legenda.

Em reunião com o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e com o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, ficou combinado com Ciro que a proposta de candidatura presidencial será submetida aos diretórios regionais da legenda e discutida na próxima terça-feira, na reunião da Comissão Executiva Nacional.

Mesmo sendo derrotado nessa consulta formal, o processo de apuração da opinião dos integrantes do PSB dará a Ciro o discurso de que sua saída da disputa foi decisão tomada pela maioria e não um sinal de interferência externa de Lula ou falta de prestígio interno.

Até lá, o deputado manterá o discurso de que pretende, sim, concorrer ao Planalto. Na noite de ontem mesmo, Ciro divulgou nota oficial afirmando que jamais desistirá da candidatura presidencial, como chegou a ser divulgado durante a tarde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ibope: Serra, 36%; Dilma, 29%


Pesquisa Ibope/Diário do Comércio divulgada ontem, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e realizada entre os dias 13 e 18 de abril, mostra que o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), tem 36% das intenções de voto, enquanto a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, aparece com 29%, uma diferença de sete pontos porcentuais. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Em terceiro lugar estão empatados o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV-AC), com 8% das intenções de voto cada um. A porcentagem de votos em branco e nulos somou 10% e os que disseram não saber em quem votarão nas eleições presidenciais deste anos atingiram 9%.

Mais números
O último levantamento Ibope, divulgado em 17 de março e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou o pré-candidato do PSDB com 35% das intenções, seguido pela pré-candidata do PT com 30%. Ciro registrou 11% e Marina teve 6%.

Naquela sondagem, o porcentual de votos em branco e nulos alcançou os mesmos 10% do levantamento atual e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 8%.

De acordo com o Diário do Comércio, os levantamentos encomendados pela CNI e pela ACSP usam a mesma base de apuração e, logo, podem ser comparados entre si.

No cenário sem Ciro, a pesquisa aponta Serra com 40%, Dilma com 32% e Marina com 9%. Brancos e nulos somam 11% e os que não sabem em quem irão votar ou não opinaram, 9%.

Segundo turno
Na simulação de um eventual segundo turno, Serra lidera com 46% e Dilma com 37%. A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro.

A pesquisa também mostra evolução da avaliação positiva (ótimo/bom) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou de 75% para 76%.

Divulgada ontem pela página do jornal Diário do Comércio na internet (www.dcomercio.com.br), a pesquisa será publicada hoje pela edição impressa.

O levantamento foi realizada com 2.002 eleitores em 141 municípios de todo o Brasil. Está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o protocolo 9070/2010. (das agências de notícias)

"Pessoas deixaram de ser assistidas", diz Lúcio


Com a experiência de quem já esteve do outro lado do balcão, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) & hoje um dos principais adversários do chefe do Executivo estadual, Cid Gomes (PSB) & não estranhou o fato de o Governo ter mais que quadruplicado o volume de investimentos no primeiro trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado.

"Estou procurando fazer uma análise isenta. Tem a questão dos projetos que demoram a ficar prontos, a contratação de empréstimos... Eu tenho que ser justo``, considerou Lúcio. Em 2006, ano em que Lúcio tentou a reeleição, os gastos do Executivo também deram um salto.

"Cunho eleitoral"
Mas apesar de ter aliviado as críticas contra Cid, o ex-governador não perdeu a oportunidade de questioná-lo. Lembrou que o Governo passou, segundo ele, pelo menos os dois primeiros anos acumulando verba.

Lúcio avaliou que muitos gastos foram "adiados", prejudicando a população. "Ele (Cid) deixou o serviço ficar sucateado. Pessoas deixaram de ser assistidas. Agora, essas obras têm cunho eleitoral", argumentou.

O ex-secretário da Fazenda do atual governo, deputado estadual Mauro Filho (PSB), que também serviu ao hoje ex-governador, alega que o Executivo tem aumentado, progressivamente, os investimentos, desde 2008 & sem concentrar tudo no ano eleitoral. (HR)

Pretendo conversar com Ciro, diz Lula em entrevista para jornal


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende conversar com Ciro "na medida em que a direção do PSB entenda que já é momento". Ele concedeu entrevista aos "Diários Associados" sobre o aniversário de 50 anos da inauguração de Brasília, comemorada nesta quarta-feira, 21 de abril e falou também sobre as eleições de outubro em âmbito federal, sempre lembrando que "o PMDB é peça importante na aliança nacional." Sobre Ciro Gomes (PSB), o presidente disse que achou "interessante quando ele transferiu o título para São Paulo porque era uma probabilidade. No primeiro momento, houve certa reação do PT, depois todos os quadros importantes passaram a admitir que era importante o Ciro ser candidato a governador de São Paulo. Depois, o PSB lançou o Paulo Skaf. O problema não era dentro do PT. Disse para o Ciro que jamais pediria para uma pessoa ou partido não ter candidato a presidente se não tiver argumento sólido. Ser candidato significa a possibilidade de fortalecer os partidos, mas também a possibilidade de perder uma eleição. Eu estou convencido de que essa deveria ser uma eleição plebiscitária. Fazer o confronto de ideias, programas, realizações", disse o presidente. Sobre a hipótese de o Aécio Neves (PSDB) ser vice de José Serra (PSDB), Lula disse que "ele (Aécio) está qualificado para ser o que quiser". Mas deixou claro de que "se ele for vice, vai se desgastar. É só pegar o que o 'Estado de Minas' escreveu sobre as divergências de Aécio com Serra para perceber que o Aécio vai colocar muita dúvida na cabeça do povo mineiro". De acordo com o presidente, "a Dilma tem cartão de crédito de oito anos de administração bem-sucedida no Brasil. Ela foi uma gerente excepcional. O Temer dará a segurança de um homem que deu a vida pública já de muito tempo, tem uma seriedade comprovada no Congresso e hoje está mais fortalecido dentro do PMDB. Se ele for o indicado pelo partido, dará a tranquilidade de que nós não teremos problemas de governabilidade". O presidente citou o recente escândalo político que aconteceu na capital federal, mas disse que mesmo assim "o povo de Brasília tem que comemorar (os 50 anos da cidade)". Ele acredita que "o significado de Brasília como capital não pode ser confundido com os administradores que cometeram absurdos. Muitas vezes os erros são cometidos porque as pessoas acham que são impunes". Lula elogiou a cidade e afirmou que "Brasília, de um lado, tem que estar de luto, porque aconteceu essa barbaridade, mas, ao mesmo tempo, tem que ter orgulho. É uma cidade extraordinária, que tem crescido muito acima do que foi previsto por Niemeyer e JK. Cresceu um pouco desordenada, acho que houve irresponsabilidade em alguns momentos".