A deputada Mirian Sobreira (PSB) afirmou, na sessão plenária desta quinta-feira (02/06) da Assembleia Legislativa, que o Ceará precisa de um novo hospital público para tratar exclusivamente de casos de câncer. Atualmente, apenas Fortaleza, Barbalha e Sobral têm centros especializados em oncologia.
São cinco unidades ao todo. Mas, na avaliação da parlamentar, elas não atendem mais à demanda. Estudos do Ministério da Saúde indicam o diagnóstico de 500 mil portadores de câncer neste ano no Brasil. Diante disso, a deputada citou a reestruturação do serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), para evitar a morte de pacientes à espera de tratamento.
Mirian denunciou a espera de até seis meses para uma pessoa começar as sessões de quimioterapia ou radioterapia no Instituto do Câncer do Ceará (ICC), unidade com mais de 50 anos e que realiza cerca de 20 mil atendimentos por mês.
Conforme a parlamentar, há recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de hospitais especializados em vários estados do Brasil. Por isto, ela solicitou empenho da bancada federal na alocação de verba para o Ceará. Pediu também ao Governo do Estado sensibilidade à causa, lembrando que os casos de câncer de próstata e de mama são os mais comuns.
Em 2010, 6.395 pessoas morreram em decorrência de algum tipo de câncer no Ceará. De acordo com Mirian Sobreira, a estatística só é inferior aos óbitos no trânsito, por violência e homicídios. “Os casos crescem de forma assustadora. E a maioria é diagnosticada tardiamente”, assinalou. Segundo ela, o diagnóstico atrasado, a demora no tratamento e falta de vagas em hospitais especializados impedem que vidas sejam salvas. “Queremos escrever uma nova página na história desse Estado”, considerou.
BC/AM
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