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segunda-feira, 14 de junho de 2010

"Meu nome agora é Dilma", diz Lula


“Vai haver um vazio naquela cédula. Para que aquele vazio seja preenchido, eu vou mudar de nome. Agora é Dilma, e as pessoas vão votar lá”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a convenção nacional do PT, ontem, que homologou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. A frase foi dita quando o presidente lembrou ser a primeira eleição, no regime democrático, da qual ele não estará participando.


Com o slogan “Para o Brasil seguir mudando”, a chapa, encabeçada por Dilma e Michel Temer (PMDB) na vice, aposta na continuidade do governo Lula e na ideia de transformar as eleições de 2010 num pleito histórico, por eleger a primeira mulher presidente.


E Dilma segue a cartilha. Com um discurso basicamente sem citar os adversários, ela se apresentou como missionária. Segundo a candidata, assim como Lula provou que qualquer operário pode comandar o País, ela quer provar o mesmo para as mulheres. “Espero que as Vitórias e Marias (crianças) também possam responder (quando perguntarem) o que vão ser quando crescer, que elas respondam como fazem os meninos: quero ser presidenta do país”, afirmou.


Entre os convidados ilustres da convenção, estavam os presidentes de todos os partidos coligados com o PT e mais o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-PA). Da ala feminina, personalidades como a física e feminista Rose Marie Muraro e a cearense Maria da Penha, referência na luta contra a violência doméstica.


Críticas

As críticas feitas por Lula e Dilma aos tucanos foram de forma indireta. “Espero que eles estejam dispostos a fazer campanha, em vez de fazer dossiê. Nós já estamos batizados, já estamos maduros, já aprendemos, já sabemos como eles funcionam, portanto muita tranquilidade”, disse Lula.


Dilma defendeu uma campanha na qual se discuta projeto. “Vamos mostrar para o povo que somos diferentes dos outros candidatos”. Ela fez questão, porém, de frisar que, após eleita, irá governar para todos os brasileiros. “Como fez o Lula”, frizou.


As críticas mais incisivas vieram do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Ele citou a manchete do jornal Estado de São Paulo, que reproduziu do candidato tucano José Serra (PSDB) a frase “O povo brasileiro não terá surpresa”, dita durante a convenção nacional que confirmou sua candidatura a presidente, anteontem, em Salvador. “O povo não teria surpresa porque sabe que o governo que ele (Serra) participou provocou um apagão de 11 meses e a modernidade deles é a da lamparina”, provocou Dutra.

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