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quarta-feira, 7 de abril de 2010

PSDB articula mega-aliança para proteger deputados


Na volta do deputado Marcos Cals (PSDB) à Assembleia Legislativa, a bancada do PSDB reuniu-se, a portas fechadas, para debater a possibilidade de criação de uma ampla aliança com vistas às próximas eleições proporcionais. A ideia é renovar o mandato de cerca de 35 dos atuais deputados. Segundo o líder tucano, deputado João Jaime, já houve diálogos com PMDB, PSB, PHS e PSL, mas não haveria resistência à participação de qualquer partido.

``Fizemos uma comparação com o que cada partido teve (de votos) nas eleições passadas, e estamos aí tentando construir uma grande coligação, onde facilitaria a reeleição não só dos deputados do PSDB, mas de vários outros partidos. Seria mais interessante se coligarem do que marcharem separados``, disse.

De acordo com os cálculos dos deputados, para se eleger sem coligação, seria necessário um candidato obter 50 mil votos. ``Seja qualquer um dos grandes partidos, e isso é inadmissível``, atenta o tucano. Ele ressalta ainda que, nessas condições, candidatos considerados sem expressão acabariam se beneficiando.

``Eu acho muito errado você ter na Assembleia deputados que precisam de 50 mil votos para se eleger, enquanto que tem outros que entraram com 18 mil. É desigual, e isso é fruto de um artifício que a legislação eleitoral permite``, reclama o deputado, defensor de que os mais votados conquistem as vagas.

Pelas atuais regras, o número de votos conquistados por cada partido ou coligação é dividido pelo chamado quociente eleitoral & que é o resultado dos votos válidos divididos pelas vagas ofertadas. Assim, calcula-se a quantidade cadeiras a que o partido ou coligação terá direito. As vagas são distribuídas entre os mais votados dentro do partido ou coligação.

João Jaime também adianta que até o PT - inimigo histórico do PSDB - poderia participar dessa mega coligação. Procurado pelo O POVO, o líder do Governo na Assembleia, Nelson Martins (PT), afirmou que estava ouvindo falar pela primeira vez da proposta, e que por isso não iria emitir opinião.

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